terça-feira, 8 de junho de 2010

Política pública sobre a Praia do Forte

O evento extremo que estamos presenciando, representado pelo avanço do mar sobre o calçadão da Praia do Forte, traz à tona uma pergunta básica: estamos preparados para enfrentar desafios como o que se apresenta?

O mundo natural, formado por sistemas complexos, como o ciclo hidrológico, a regulação climática e outros, não permite avaliações equivocadas, nem decisões simplistas em relação às suas bifurcações em busca de um novo ponto de equilíbrio. A palavra de ordem que se impõe, frente aos desafios que enfrentaremos com as consequências do aquecimento global, principalmente em se tratando de municípios litorâneos, é adaptação, isto é, ação empreendida para enfrentar as mudanças climáticas, que tem como objetivo “ se antecipar as alterações que venham a ocorrer, com foco na redução dos riscos e dos prejuízos “. Sem julgamento apressado, sem pré-conceito, parece que entramos definitivamente na rota das cidades litorâneas com problema de avanço do mar sobre a praia, como outros municípios se encontram.

É hora de pensar no diagnóstico, na ação técnica para manter a integridade dos patrimônios e atividades ali instaladas, na proteção do calçadão e do cidadão. A Praia do Forte agredida diária e de todas as maneiras, pede socorro, como quem diz: “ vim buscar o que é meu. Quero minha geografia de volta “. Defendemos a convocação imediata de um corpo técnico especializado, formado por engenheiro oceânico, oceanógrafo e geólogo, para tal função. Chega de brincadeira! A coisa é séria! O mar está nervoso, diferente, com pressão.

É mais do que hora, Sr. Prefeito, de instalarmos, de uma vez por todas, de forma definitiva, madura e responsável, um grupo multidisciplinar para coordenar uma política de ordenamento da orla, de defesa do litoral com olho no que diz o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), no que nos mostra as experiências veiculadas na mídia, e agora, no que nos aconteceu.

Os dados estão aí, os exemplos mostrados e a possibilidade real de prejuízos postos à mesa. Ninguém pode ser acusado, de forma absoluta, pelo que vem ocorrendo, mas pode ser responsabilizado pela omissão praticada.

2 comentários:

  1. O discurso sobre o clima e a situação geográfica e bla, bla, bla ta até legal... Mas... como é possível um membro de um Conselho e Diretor de uma instituição de profissionais da engenharia civil e bla, bla, bla, deixar aquela obra ridícula, sem o menor critério (visto não haver na plca da obra um responsável tecnico que a assine) acontecer em plena luz do dia??????? Até pra mim que não sou engenheiro e arquiteto, entendo que a obra está absolutamente ERRADA!!!!! Ja pensou se o mar avança hoje de novo??? Aquelas pedras vão se espalhar pelas areias e acabar de vez com a nossa praia do FORTE. Ta na hora de pensar com responsabilidade sobre Cabo Frio!!!!!!! Que pede socorro em todos os sentidos!!!!!

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  2. Como surfista e amante de Cabo Frio vejo necessidade urgentíssima de uma tomada de posição frente ao problema das pedras soltas que a prefeitura está colocando na nossa amada PRAIA DO FORTE. Precisamos exigir dos orgãos competentes providencias imediatas na paralização dessa obra enquanto não houver um estudo de impacto ambiental para a mesma. Sugiro quem sabe um ato público, ou um abaixo assinado... conto com seu apoio para me ajudar nesse sentido. Aguardo contacto através do nosso amigo em comum Felipe Figueira que tem meu endereço eletrônico. Um grande abraço, da sua amiga, Mariza Bueno.

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