A extrafiscalidade consiste no manejo dos instrumentos tributários para fins extrafiscais, ou seja, com objetivos diversos dos precipuamente pretendidos pelo fisco, visando muito menos à obtenção de receitas do que de resultados sociais e econômicos. Consiste assim num incentivo a determinada atividade ou comportamento, que se traduzirá em resultados econômicos ou sociais para o Estado.
Dessa forma, defendo a adoção desse instrumento como fator de indução para ações práticas voltadas para a sustentabilidade. O uso de tecnologias de baixo custo em sistemas de captação de águas pluviais, a redução das emissões de carga orgânica , o emprego de fontes renováveis de energia, como a solar, o reuso de águas servidas, a coleta seletiva e a reciclagem, o controle do desperdício de água para consumo humano, a manutenção e preservação da cobertura vegetal, são algumas ações que os poderes públicos municipais poderiam incentivar, propondo aos seus munícípes, como verdadeiros parceiros da sustentabilidade, uma política de redução em impostos como o IPTU e o ISS, como pagamento pelos serviços ambientais prestados.
Assim, estaremos unindo administração eficaz, participação social, ações para a manutenção da nossa qualidade de vida e reconhecendo a importância dos serviços ambientais.
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